quinta-feira, 17 de março de 2011

(TECNOLOGIA) PESQUISAS COM CÉLULAS TRONCO

Também conhecidas como células-mãe ou, erroneamente, como células estaminais, são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras. As células-tronco embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias. O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. No Zoológico de Brasília (BR), uma fêmea de lobo-guará, vítima de atropelamento, recebeu tratamento com células-tronco . Este foi o primeiro registro do uso de células-tronco para curar lesões num animal selvagem. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, ( muitos pais guardam o sangue do cordão umbilical em bancos de medula óssea) na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico. Nesse último local, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007. Questão do nome O adjetivo estaminal refere-se aos estames e provém da palavra latina 'staminale-', adjectivo relacionado com o substantivo latino ‘stamine’, do qual deriva a palavra portuguesa estame, que significa: fio de tecer e, em botânica, folha floral fértil que produz os grânulos do pólen, e filete que sustenta a antera onde se encontram os grânulos de pólen. O vocábulo inglês correspondente é "stam". [4] Nada disto tem a ver com o significado atribuído ao conceito que é internacionalmente conhecido como stem cells.O vocábulo inglês "stem" provém da palavra germânica "stamn", que significa caule e estrutura de planta. Em linguística, "stem" significa raiz. Como os estames possuem os grânulos do pólen, alguns cientistas pensaram que a palavra estaminal poderia ser adequada para a tradução do adjectivo relacionado com a palavra "stem" no contexto "stem cell".[4] Para fazer justiça ao significado biológico destas células, tendo em conta a ampla divulgação que têm nos órgãos de comunicação social, a tradução literal para células-tronco, comum no Brasil, também traz problemas de inteligibilidade pois relaciona-se com uma imagem abstracta do processo de diferenciação e especialização celulares, que "entronca" em células pluripotentes e se ramifica em células progressivamente unipotentes. O mesmo problema de inteligibilidade põe-se com o termo células-mãe, que, para além disso, é confuso.[carece de fontes?] Para esta questão ser ultrapassada, o mais adequado será traduzir stem cell por célula indiferenciada ou célula básica. Outras hipóteses serão os termos células germinais ou células geradoras´´. Extração das células-tronco Há duas possibilidades de extração das células-tronco. Podem ser adultas ou embrionárias: • Embrionárias – São encontradas no embrião humano e são classificadas como totipotentes ou pluripotentes, devido ao seu poder de diferenciação celular de outros tecidos. A utilização de células estaminais embrionárias para fins de investigação e tratamentos médicos varia de país para país, em que alguns a sua investigação e utilização é permitida, enquanto em outros países é ilegal. O STF autorizou as pesquisas no Brasil. • Adultas – São encontradas em diversos tecidos, como a medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta, e outros. Estudos recentes mostram que estas células-tronco têm uma limitação na sua capacidade de diferenciação, o que dá uma limitação de obtenção de tecidos a partir delas. • Mesenquimais – Células-tronco mesenquimais, uma população de células do estroma do tecido (parte que dá sustentação às células), têm a capacidade de se diferenciar em diversos tecidos. Por conta desta plasticidade, essas células têm sido utilizadas para reparar ou regenerar tecidos danificados como ósseo, cartilaginoso, hepático, cardíaco e neural. Além disso, essas células apresentam uma poderosa atividade imunosupressora, o que abre a possibilidade de sua aplicação clínica em doenças imuno-mediadas, como as auto-imunes e também nas rejeições aos transplantes. Em adultos, residem principalmente na medula óssea e no tecido adiposo. Definições de potência As células-tronco podem se classificar de acordo com o tipo de células que podem gerar: • Totipotentes: podem produzir todas as células embrionárias e extra embrionárias; • Pluripotentes: podem produzir todos os tipos celulares do embrião, menos placenta e anexos; • Multipotentes: podem produzir células de várias linhagens; • Oligopotentes: podem produzir células dentro de uma única linhagem; • Unipotentes: produzem somente um único tipo celular maduro. Estudo e utilização na clonagem Segue-se uma lista das leis em vigor sobre a clonagem de células tronco em alguns países. • África do Sul - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. É o único país africano com legislação a respeito. • Alemanha - permite a pesquisa com linhagens de células-tronco existentes e sua importação, mas proíbe a destruição de embriões. • Brasil - permite a utilização de células-tronco produzidas a partir de embriões humanos para fins de pesquisa e terapia, desde que sejam embriões inviáveis ou estejam congelados há mais de três anos. Em todos os casos, é necessário o consentimento dos pais. A comercialização do material biológico é crime. Em 29 de maio de 2008 o Supremo Tribunal Federal confirmou que a lei em questão é constitucional, ratificando assim o posicionamento normativo dessa nação. • China - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. • Cingapura - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. • Coréia do Sul - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. • Estados Unidos - proíbe a aplicação de verbas do governo federal a qualquer pesquisa envolvendo embriões humanos (a exceção é feita para 19 linhagens de células-tronco derivadas antes da aprovação da lei norte-americana). Mas estados como a Califórnia permitem e patrocinam esse tipo de pesquisa (inclusive a clonagem terapêutica). • França - não tem legislação específica, mas permite a pesquisa com linhagens existentes de células-tronco embrionárias e com embriões de descarte. • Índia - proíbe a clonagem terapêutica, mas permite as outras pesquisas. • Israel - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. • Itália - proíbe totalmente qualquer tipo de pesquisa com células-tronco embrionárias humanas e sua importação. • Japão - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. • Reino Unido - tem uma das legislações mais liberais do mundo e permite a clonagem terapêutica. • Rússia - permite todas as pesquisas com embriões, inclusive a clonagem terapêutica. • Turquia - permite pesquisas e uso de embriões de descarte, porem proíbe a clonagem terapêutica das células tronco. Clonagem Terapêutica A Clonagem Terapêutica é um procedimento cujos estágios iniciais são idênticos à clonagem para fins reprodutivos mas que difere no fato da blástula (segundo estado de desenvolvimento do embrião) não ser introduzida no útero: esta é utilizada em laboratório para a produção de células estaminais a fim de produzir tecidos ou órgãos para transplante. Esta técnica tem como objetivo produzir uma cópia saudável do tecido ou do órgão duma pessoa doente para transplante. As Células embrionária/células-tronco embrionárias são particularmente importantes porque são multifuncionais, isto é, podem ser usadas em diferentes tipos de células. Podem ser utilizadas no intuito de restaurar a função de um órgão ou tecido, transplantando novas células para substituir as células perdidas pela doença, ou substituir células que não funcionam adequadamente devido a defeito gene/genético (ex:neurônio/doenças neurológicas,diabetes, coração/problemas cardíacos, Acidente vascular cerebral, lesões da coluna cervical e sangue/doenças sanguíneas etc… ). As Células embrionária/células-tronco adultas não possuem essa capacidade de transformarem-se em qualquer tecido. As células músculo/musculares vão originar células musculares, as células do fígado vão originar células do fígado, e assim por diante.

Um comentário:

  1. Seus cu de frango, tem que por os nomes dos autores, tanto do texto quanto da imagem !!!

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